Querido que ainda desconhecido, começo.Venho cheia de certezas bater um papo para, quem sabe, fazer com que entremos em sintonia. Mesmo que ande impossível, ou que assim seja para todo o sempre, em relação à mim - tão fugaz, fugídia, escapista. Porém, pedir que você permita que eu irrompa todas as instabilidades que vem pela frente, no formato vinte mais quatro horas, diariamente, é suplicar para que me atenda o telefone. Que pouse então, ao chão, e num mesmo nivelamento, eu possa com calma dar os passos que faltam para entrar em você serena, complacente. Tudo porque, como é de praxe, detesto final de ano. Me torno a pessoa mais reflexiva possível, e como é de conhecimento geral, pensar demais enlouquece, sim. Revejo erros, tento acertos atrasados, e tracejos promessas inconsequentes, que se quebrarão assim que a primeira semana de uma nova data se conferir por entre agendas e jornais, revistas. E você será a capa das infindáveis publicações, tentando ser compreendido pela massa, revolucionando com previsões que também em sua maioria não se cumprem. Se você promete a todos, caibo em meu papel de meu auto iludir - muito menos catastrófico, aposte.
Por fim, não se mire ao exemplo de seu irmão mais velho, que te cede o trono. Honre essa coroa que em ti estará, e dê a tal felicidade tão escondida, àqueles que não desistiram de tentar acertar nos dados que a vida joga. Olhe com sensibilidade para tudo que se plantou e ainda não floresceu, e não seja bandido de roubar da horta alheia, correta, para presentear aos que desmerecem: aja com justiça. Mesmo novo, vá por si só. Pense e aja com revolução, mudanças, inovações. Coloque alguns desafios, que é pra dar aqueles sustos de perder um pouco o sono e tremer na base de vez em quando, só pra não deixar demasiadamente fácil a tarefa que é ser humano e estar vivo. Deixe que o povo fale e ouça, que se comunique. Isso está em alta, te digo. Saber ouvir, e querer dizer, complementar; muitas vezes, é o que tem salvo casamentos quase desmoronados, e relações que ainda não tiveram tempo de amadurecer. Por favor, traga amor ao pessoal. Como dizem, sem gelo e em doses fartas: que nos embriague mais que a champagne do brinde à meia-noite, e faça jus às nossas roupas de baixo, sempre temáticas e piedosas. Mas amor que fique, amor real, sem contos de fadas e paixões borboleteadas. Real, e puro; forte e consistente, completamente apaixonado, e ainda assim, amável, o amor. Estável, entende. Que marque, mas também que fique. Que dê o gostinho de felicidade, mas que mostre também que há sabores ainda obscuros, igualmente imperdíveis.
Se você me vir, já sabe: avise o cupido que é pra acertar o alvo. Não só em mim, mas em alguém que queira exatamente o que desejo, me acompanhe. Traga mais risos infantis, em meios a tardes tediosas. Algumas brincadeiras com meus pequenos, que vejo crescer e sabe-se lá até quando assim será. Maior carinho entre eu e meus pais, que tanto amo e às vezes escondo. Guarde as tão minhas lágrimas para ocasiões necessárias, mas existentes (algum aperto no peito nos embriaga de nós mesmos por ventura, e além do mais, chorar só se for de alegria). Dias de verão, para que me sinta saudável e bonita. Dias de inverno, para que me aqueça em algum outro corpo que não sei e reconheça o aconchego de deitar e dormir, e se cobrir quase que até a cabeça. Conserve as amizades que fazem sentido, e pode levar aquelas que de superficialidade sobrevivem: quanto mais cedo o que não vale a pena se vai, aqueles que podem mudar nossa vida antes chegam. E para melhor. Bebedeiras com minhas companheiras, momentos de confissões entre amigas. Beijos apaixonados, ou não. Mas beijos. Abraços com altas doses de força e calor. Conselhos sábios, mas poucos - pergunte à seus antecessores: eu não sigo. Eventuais loucuras, para o livro de histórias da vovó que futuramente serei. Quem sabe um carro, aceito também um apartamento. Emprego, dinheiro no bolso, na carteira e espalhado pela bolsa. Saúde ótima, pra que eu tenha a liberdade de aprontar, aprender e fazer com que isso apenas me deixe ainda mais forte. Intuição e fé, pra que eu saiba os caminhos a seguir, e que sejam estes sem complicações fúteis.
E principalmente, 2011, que você me faça feliz. Não me maltrate, suplico. Me deixe contente em ter não apostado todas minhas fichas em você, e me surpreenda, se o caso for. Porém, que tatue nos cadernos e pautas, no que escrevo e que vivo a cor que o ano que ainda não terminou se esqueceu de fixar. Vilão que foi, acabou sem demais sorrisos, e levou consigo tanto a alegria extrema quanto a tristeza lamuriante que vivi os doze longos meses (quase) passados. Deixou vazio, inteirinho pra que você pinte e borde o que quiser. E que desde já, peço que é pra acontecer: que venha, e que chegue com força. Me surpreenda, e faça-se meu herói. Seja o que não foi 2010, e seu papel cumprido será: daqui um ano, quando estiver exercitando o pensamento e novamente dedilhando teclas e idéias, posso pensar 'não acabe dois-mil-e-dez, você não prometeu e existiu'.
Por fim, não se mire ao exemplo de seu irmão mais velho, que te cede o trono. Honre essa coroa que em ti estará, e dê a tal felicidade tão escondida, àqueles que não desistiram de tentar acertar nos dados que a vida joga. Olhe com sensibilidade para tudo que se plantou e ainda não floresceu, e não seja bandido de roubar da horta alheia, correta, para presentear aos que desmerecem: aja com justiça. Mesmo novo, vá por si só. Pense e aja com revolução, mudanças, inovações. Coloque alguns desafios, que é pra dar aqueles sustos de perder um pouco o sono e tremer na base de vez em quando, só pra não deixar demasiadamente fácil a tarefa que é ser humano e estar vivo. Deixe que o povo fale e ouça, que se comunique. Isso está em alta, te digo. Saber ouvir, e querer dizer, complementar; muitas vezes, é o que tem salvo casamentos quase desmoronados, e relações que ainda não tiveram tempo de amadurecer. Por favor, traga amor ao pessoal. Como dizem, sem gelo e em doses fartas: que nos embriague mais que a champagne do brinde à meia-noite, e faça jus às nossas roupas de baixo, sempre temáticas e piedosas. Mas amor que fique, amor real, sem contos de fadas e paixões borboleteadas. Real, e puro; forte e consistente, completamente apaixonado, e ainda assim, amável, o amor. Estável, entende. Que marque, mas também que fique. Que dê o gostinho de felicidade, mas que mostre também que há sabores ainda obscuros, igualmente imperdíveis.
Se você me vir, já sabe: avise o cupido que é pra acertar o alvo. Não só em mim, mas em alguém que queira exatamente o que desejo, me acompanhe. Traga mais risos infantis, em meios a tardes tediosas. Algumas brincadeiras com meus pequenos, que vejo crescer e sabe-se lá até quando assim será. Maior carinho entre eu e meus pais, que tanto amo e às vezes escondo. Guarde as tão minhas lágrimas para ocasiões necessárias, mas existentes (algum aperto no peito nos embriaga de nós mesmos por ventura, e além do mais, chorar só se for de alegria). Dias de verão, para que me sinta saudável e bonita. Dias de inverno, para que me aqueça em algum outro corpo que não sei e reconheça o aconchego de deitar e dormir, e se cobrir quase que até a cabeça. Conserve as amizades que fazem sentido, e pode levar aquelas que de superficialidade sobrevivem: quanto mais cedo o que não vale a pena se vai, aqueles que podem mudar nossa vida antes chegam. E para melhor. Bebedeiras com minhas companheiras, momentos de confissões entre amigas. Beijos apaixonados, ou não. Mas beijos. Abraços com altas doses de força e calor. Conselhos sábios, mas poucos - pergunte à seus antecessores: eu não sigo. Eventuais loucuras, para o livro de histórias da vovó que futuramente serei. Quem sabe um carro, aceito também um apartamento. Emprego, dinheiro no bolso, na carteira e espalhado pela bolsa. Saúde ótima, pra que eu tenha a liberdade de aprontar, aprender e fazer com que isso apenas me deixe ainda mais forte. Intuição e fé, pra que eu saiba os caminhos a seguir, e que sejam estes sem complicações fúteis.
E principalmente, 2011, que você me faça feliz. Não me maltrate, suplico. Me deixe contente em ter não apostado todas minhas fichas em você, e me surpreenda, se o caso for. Porém, que tatue nos cadernos e pautas, no que escrevo e que vivo a cor que o ano que ainda não terminou se esqueceu de fixar. Vilão que foi, acabou sem demais sorrisos, e levou consigo tanto a alegria extrema quanto a tristeza lamuriante que vivi os doze longos meses (quase) passados. Deixou vazio, inteirinho pra que você pinte e borde o que quiser. E que desde já, peço que é pra acontecer: que venha, e que chegue com força. Me surpreenda, e faça-se meu herói. Seja o que não foi 2010, e seu papel cumprido será: daqui um ano, quando estiver exercitando o pensamento e novamente dedilhando teclas e idéias, posso pensar 'não acabe dois-mil-e-dez, você não prometeu e existiu'.
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